Karatê Budô




CONDOLÊNCIAS AO NOSSO MESTRE "SENSEI OSHIRO" FALESCEU AOS 75 ANOS “SENSEI “OSHIRO“ ÍCONE DO KARATÊ PARANAENSE


05/01/2018

 

Sanehire Oshiro, 75 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (05) em Apucarana.

Sensei Sanehire Oshiro, nasceu em 27 de julho de 1942 na cidade de Okinawa (Japão) chegando no Brasil em 1950. Treinou Karatê por  mais de 65 anos.
Em 1973 o professor Oshiro veio morar em Apucarana, um precursor do Karatê no Sul do Brasil, inicia o ensino do Karatê em Apucarana, criando a Associação de Karatê de Apucarana – ASKA, por onde passaram grandes nomes como: Sérgio Salomão,  Alan Pereira, Amauri Pereira, Anibal, Souza, Mario, Rogério Sacheli, Jeferson de Oliveira, Gerson Munhoz e Reinaldo.
Em 2015 recebeu a Graduação de 8° Dan NKK (Nihon Karate Kyokay). Sensei Oshiro foi uma das grandes referências do Karatê Brasileiro e Mundial.
Oshiro teve um papel fundamental para o desenvolvimento do Karatê no Sul do Brasil. Desde 1973 a 1995 viveu em Apucarana, sendo instrutor de mais de 50 mil alunos Nos estados Paraná, Santa Catarina ,São Paulo e Rio Grande do Sul.
De suas academias saíram vários atletas de destaque, entre eles campeões brasileiros, sul americanos, pan-americanos e vários campeões mundiais. Mestre Oshiro  ocupou vários cargos de destaque no cenário do Karatê no Brasil, foi uns dos Kodansha-Kai (autoridade máxima) do Karatê Shotokan na Confederação Brasileira de Karatê (CBK).
Em 1995, com o retorno do professor Oshiro para o Japão, a ASKA prosseguiu sob o comando de professores da região. A ASKA somou ao longo desses anos milhares de alunos, contribuindo assim para a formação de cidadãos de bem.
“Deixa um legado muito forte, pois Sensei Shiro foi um exemplo de pessoa e meu amigo pessoal”, disse. Dr Sérgio Salomão primeiro aluno do sensei Oshiro em Apucarana.


Fonte: Canal38

















CONDOLENCIAS AO NOSSO MESTRE SENSEI YASUYUKI SASAKI 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Nós da JKA Associação Araponguense de Karate e nossos amigos do PR, JKA PR, professores: Marcos Oyamada, Gerson Apucarana, Rogerio, Roberto, Elso, Devanir Faxinal, Rigueto Ctba, estamos muito triste pela noticia do falescimento do nosso Sensei Yasuyuki Sasaki e viemos aqui pra dar nossas condolências.
Que nosso mestre Descanse em Paz.
Oss












 

 

 

KARATE BUDÔ

 

O Budismo e as Artes Marciais


Não passa desapercebido para nenhuma pessoa que tenha algum interesse pela cultura oriental e nem mesmo a um desinteressado turista ocasional, que visita os países orientais, o fato de que o Budismo se tornou a base do desenvolvimento da cultura e da ética sócio-religiosa de praticamente todo o extremo oriente, bem como, especificamente do Japão.
Seria impossível a qualquer pessoa que tome contato com qualquer aspecto da cultura japonesa, deixar de notar a influência do Budismo, nos fatos históricos, na arquitetura tradicional, na literatura, nas artes plásticas, artes marciais e artes sociais (“Ikebana”, cerimônia do chá, etc.), bem como na ética social japonesa. Também o folclore e a música clássica japonesa têm sua marca budista bem viva e até mesmo muitos dos feriados nacionais japoneses são datas marcadas pelo calendário budista.
Podemos observar também essa influência marcante da cultura budista na formação sócio-cultural japonesa, em aspetos como a introdução da escrita ideográfica chinesa (“Kanji”), através dos textos sagrados budistas (“Sutras”) e também no desenvolvimento e codificação dos “alfabetos” fonéticos simplificados (“Kaná”). E ainda, em aspetos éticos, sociais e legislativos, como por exemplo, o fato da primeira constituição japonesa, elaborada sob os auspícios do príncipe Shôtoku (573-621), ter tido influência estrutural do “Código de Manu”, de origem indiana, introduzido no Japão pelos primeiros monges budistas.
Também no Brasil, o papel do Budismo como fator de união sócio-cultural dos imigrantes japoneses é marcante em todos os grandes centros de aglutinação dos japoneses e seus descendentes, influenciando também outros setores da sociedade ocidental. Podemos perceber isso claramente em movimentos conhecidos como “cultura alternativa”, que englobam desde a chamada “medicina alternativa”, artes marciais (muitas, introduzidas no ocidente sob a forma de esportes) bem como de outras artes, com forte influência principalmente do Budismo Zen.
Mais especificamente no campo das Artes Marciais, alguns aspectos precisam ser esclarecidos para que se tenha uma ampla visão desse conjunto.
Muitos ocidentais ao tomarem contato com a cultura oriental através de filmes largamente divulgados pelo cinema e televisão, como os Kung-Fu, Samurais, Ninjas e etc., acabam tendo uma impressão de que Budismo e Artes Marciais são inseparáveis e que todos os monges budistas seriam “experts” nessas artes, o que não passa de pura ilusão cinematográfica. Mas, ao mesmo tempo, o desenvolvimento das artes marciais do extremo oriente acabaram por fixar conceitos budistas que vieram a se tornar inseparáveis da própria conduta de seus praticantes.
Conta-se que o próprio Buda Shakyamuni, em sua juventude, vivendo ainda como príncipe do povo dos Shákyas, ao sopé da cordilheira do Himalaia, foi adestrado nas artes de guerra, como luta corporal, arco-e-flecha, manuseio de bastão, lança e outras armas próprias de sua época. Entretanto, após ter atingido sua iluminação aos 35 anos de idade, pregou sempre um caminho de paz, harmonia e principalmente a não-violência (ahimsa), conceito este que foi brilhantemente retomado por Mahatma Gandhi, no começo do século XX, influenciando grandemente o movimento de Independência da Índia, que até então era uma colônia do império britânico.
Na China, muitos são os que atribuem a Bodhidharma (o introdutor do Zen Budismo, nesse país) a criação do Kung-Fu, mas não existem relatos históricos que sustentem essa tese. Entretanto, há sim, uma estreita relação do desenvolvimento do Kung-Fu como arte marcial e o Templo Shao-Lin, fundado por Bodhidharma, e que mais tarde chegou ao Japão sob a denominação de Shorinji-Kempô.
O Kung-Fu Shao-Lin e o Shorinji-Kempô são artes marciais que utilizam basicamente movimentos que imitam o comportamento dos animais em seus sistemas de combate, mas que antes de mais nada, são sistemas de unificação do corpo e mente, e de manutenção da saúde física, mental e espiritual, tendo como apoio, principalmente a meditação Zazen.
Outra arte marcial largamente difundida na China e praticada em muitos templos budistas é o Tai-Chi-Chuan, que é de origem Taoísta, mas que, assim como este último, foi sincretizado pelo sistema budista, nesse país.
No Japão, o Budismo foi importado da China e da Coréia, sem trazer esses aspectos marciais. Mas, com o desenvolvimento histórico, grande foi o número de guerreiros da classe dos samurais que afluíam aos templos budistas, principalmente das escolas Zen e Jôdo (Terra Pura), buscando apoio espiritual, e chegou até mesmo a existir uma categoria de monges guerreiros (Sôhei) em monastérios como os da Escola Tendai. Assim acabou se dando o nascimento de um conceito japonês de arte marcial que mesmo hoje em dia é indissociável do Budismo e do Shintoismo (religião autóctone, ligada à casa imperial japonesa).
Mas como teria se dado essa ligação?
Em primeiro lugar precisamos lembrar que os guerreiros japoneses estavam antes de tudo ligados ao conceito de “Dai-Nippon” (O Grande País do Sol Nascente) e tinham como figura central o próprio imperador que era considerado descendente da Deusa Shintoísta Amaterasu (A Deusa do Sol).
Sendo o Shintoísmo (Shintô significa Caminho dos Deuses) uma religião que prega a ascenção do ser humano ao nível dos deuses através de práticas de purificação física e espiritual, era bastante conveniente aos guerreiros dos primeiros tempos, mas com o desmembramento do Japão em feudos e pequenos reinados, muitas guerras internas surgiram e a classe dos samurais se viu diante de uma situação inusitada: ter que lidar com o fato da morte iminente, tanto sua como de seus adversários, e a própria impermanência de todas as coisas, que se lhes apresentava através das conseqüências das guerras e dos combates. É nesse contexto que surge o Budismo como uma altenativa para se poder trilhar um caminho de despertar para a realidade dos fatos da vida e de conforto espiritual.
Para o Shintoísmo, a morte é um fato impuro. Ao matar alguém, seja numa guerra ou em combate pessoal, o samurai tinha que se submeter a complicados ritos de purificação, dentro desse sistema. Já o Budismo, apesar de ter como uma de suas bandeiras a não-violência, não faz discriminação entre vida e morte, sendo esses, apenas dois aspectos da própria existência. São considerados como inseparáveis, assim como as duas faces de uma mesma moeda ou de uma folha de papel.
Àqueles que buscavam o Budismo para receber orientação sobre a vida-e-morte, os monges transmitiam os ensinamentos de Buda e os métodos de meditação, principalmente o Zazen.
É interessante notar que o Zazen passou a ser a técnica por excelência dos praticantes de artes marciais, pois além de levar a pessoa a despertar sua visão interior para contemplar a Verdade, ou seja, a vida-e-morte assim como ela é, proporcionava uma tranqüilidade mental e espiritual que se refletia na própria técnica do guerreiro.
O espírito do Zen passou a permear as artes marciais na prática. Um praticante de Ken-Jutsu (a arte da espada samurai), por exemplo, passou a utilizar o esvaziamento de sua mente e de seu espírito, tornando-se uno, primeiramente em si (corpo e mente), uno com sua espada (kataná), uno com seu adversário e assim, uno com o próprio universo. Nesse momento, não há mais matar ou morrer, ou ainda, o próprio matar torna-se o morrer, e morrer apenas o outro lado da mesma vida.
Com sua mente una e “vazia” como a própria imensidão do universo, os movimentos podem se desenvolver sem passar pelo critério da discriminação intelectual. O espadachim, sua espada e seu adversário tornam-se um só. O arqueiro, seu arco, sua flecha e o alvo tornam-se um só. Não há mais separação entre sujeito e objeto e assim as técnicas se concretizam por si só.
Entretanto, o Budismo prega o respeito pela vida e tem como um de seus votos principais o “não matar e não causar mal a nenhum ser vivente”. Como lidar com esse fato se a razão da vida de um guerreiro é o matar?
Foi dessa maneira que muitos samurais se recolheram aos templos budistas para meditar e assim buscar um caminho de libertação desse mundo em que sofremos e ao mesmo tempo trazemos sofrimentos aos outros seres.
Muitos foram os que se recolheram aos templos da escola Zen, outros nas escolas da Terra Pura, almejando alcançar um nascimento, um “renascimento” interior para o mundo da Vida e da Luz Infinitas.
Com o passar do tempo, as guerras tomaram outras proporções, armas de fogo muito mais sofisticadas começaram a ser utilizadas e a própria classe dos samurais foi extinta por édito imperial, mas o espírito dos antigos guerreiros continua vivo em muitos templos e “Dôjôs” (local de prática do Caminho), através das artes marciais.
A palavra Dô que encontramos nos nomes das artes marciais é um indício disso. Judô, Aikidô, Kyudô e etc. Dô é a leitura japonesa do ideograma chinês Tao, que dentre tantos significados tem o sentido de “Caminho”. Um caminho de aperfeiçoamento espiritual, um caminho de desenvolvimento interior, um caminho de unificação com o Absoluto.
Assim sendo, o Caminho do Guerreiro (Bushidô), se transforma no próprio trilhar do Caminho para a Iluminação (Butsudô), que é o Caminho pregado pelo Buda.


Budô (武道) e Butsudô (仏道) podem parecer para quem é ocidental, mas os ideogramas são bem diferentes. O primeiro Budô, o Bu é de Bushi: guerreiro, e no segundo é de Buda.

Rev. Wagner Bronzeri (Shaku Haku-Shin)
Monge budista da Escola Jôdo Shinshû, ramo Ôtani.
Templo Budista Apucarana Nambei Honganji.
Wesak - 2003 www.dharmanet.com.br/honganji



*****************************************************************************************

 


 

PINTO KARATE CATS # 19 – Recontando a história…


Bem vindos karateka’s, historiadores e você meu querido chato  que com certeza irá esquecer de comentar!
Um podcast gigante, a altura do tema que vamos conversar e discutir hoje. Eu, Pinto san e Tiago Frosi sensei , num bate papo sobre o último artigo de Frosi sensei , publicado na Revista Brasileira de Educação Física e Esportes (USP), sua pesquisa sobre a história do karate .
Fatos e fontes  recontam a história da arte do reino Ryukyo, e  nos mostrarão curiosidades que explicam de outra forma, dúvidas que existem em nossos dojos. Vamos conhecer o passado para construir o futuro !








****************************************************************



GIRI OU VOCÊ TEM OU VOCÊ NÃO TEM !!!





GIRI OU VOCÊ TEM OU VOCÊ NÃO TEM !!!

GI (em japonês: 義) – Justiça e Moralidade, Atitude direta, razão correta, decidir sem hesitar;
YUU (em japonês: 勇) – Coragem, Bravura heroica.
JIN (em japonês: 仁) – Compaixão, Benevolência.
REI (em japonês: 礼) – Polidez e Cortesia, Amabilidade.
MAKOTO (em japonês: 誠) – Sinceridade, Veracidade total.
MEIYO (em japonês: 誉) – Honra, Glória;
CHUU (em japonês: 忠) – Dever e Lealdade.


Giri (義理)

Não tem tradução para esta palavra. No dicionário consta como “senso de dever”. Freqüentemente, esta palavra aparece junto com uma outra: ninjo (人情), que quer dizer algo tipo “sentimento humanista”.
São palavras que descrevem antigos valores japoneses, que, dizem, estão sendo cada vez mais esquecidos nos dias atuais. Portanto, quando se fala em girininjo (義理人情) é uma coisa boa que existia no Japão e que aos poucos está desaparecendo.
Essa palavra se refere ao sentimento de obrigação que fica quando alguém nos faz um favor. Quando um japonês recebe um favor, ele não vai sossegar enquanto não puder fazer alguma coisa para retribuir.

Giri: Significa obrigação, dever; gratidão que faz nascer à honra.
Esse princípio liga as pessoas a tipos e graus específicos de obrigações com seus professores, mentores e superiores hierárquicos. Giri trás um profundo senso de honra e orgulho e, aqueles que seguem o Giri (professores, mentores e superiores), sacrificam sua vida pessoal a serviço aos seus subordinados.
Se alguém faz qualquer coisa para você, você começa a carregando uma obrigação ou como se diz no Japão (On). Um ON (dever ou obrigação) pode ser bom ou mal. Pode ser uma coisa grande ou ate mesmo insignificante, como um amigo que trás para você um presente de uma viagem, ou um insulto a sua honra.
Um velho provérbio japonês diz: “A morte é mais leve que uma pena de pombo, se comparada ao Giri que é mais pesado do que uma montanha”.
Compreender a nossa prática é um caminho sobremaneira complexo devido a alguns distanciamentos culturais. Contudo abaixo temos algumas definições escritas por Fred Lovrett com algumas poucas adaptações que são auxiliares aos alunos a verem o que é considerado de bom costume em nossa prática.
“No processo de se estudar uma arte oriental é inevitável que alguma da filosofia do país de origem seja absorvida. Isto é especialmente verdadeiro a aqueles alunos que adentram com profundidade na arte. Na realidade, é quase axiomático que se você algum dia desejar compreender a essência de qualquer forma de arte você precisa compreender o pensar daqueles que criaram a arte.
Uma das partes mais difíceis na filosofia japonesa para o ocidental compreender é seu complexo sistema de deveres e obrigações. Tais termos com ON, NINJO, GIRI e GIMU podem ser bem confusos e mesmo se as definições forem compreendidas, elas são difíceis de serem aceitas.
Vamos começar com o conceito de “ON”. Basicamente, um ON é uma obrigação. Se alguém faz qualquer coisa por (ou para) mim, eu diria que “eu estou carregando o seu ON.” Um ON pode ser pequeno ou amplo, bom ou mal. Pode ser uma coisa insignificante, tais como um amigo comprar um cafezinho… ou um insulto maior requerendo uma satisfação. De qualquer maneira, uma vez que você tenha aceitado este conceito como um modo de vida, é necessário que você mantenha um “arquivo” de todas as suas obrigações. (É considerado ruim ter que fazer lembrar ou se preocupar com as obrigações dos outros para com você).
Agora que você está vestido com todas estas obrigações – e é surpreendente quão rápido elas podem se acumular – o que vamos fazer com elas? Aquela pessoa sem dúvidas já se esqueceu que comprou um cafezinho, então porque você deve se preocupar com isto? Talvez você nunca mais o veja e mesmo se o ver, você não vai ser pego por um relâmpago se você se esquecer de que é a sua vez de comprar.
O que lhe assegura que você não se esqueça é chamado de GIRI. Você o tem ou não o tem… mas se você tiver o GIRI, você nunca se esquecerá. Chame-o de honra, dever ou o que seja… uma pessoa com GIRI é alguém que se pode confiar não 99.9% do tempo, mas 100% do tempo. GIRI demanda que todas as obrigações devem ser pagas em toda a extensão (com juros se requisitado). E os seus sentimentos pessoais nesta questão são completamente irrelevantes. Não importa que você não tenha querido que a pessoa comprasse o cafezinho para você – talvez você nem gostasse de café. Mas você recebeu um ON e GIRI demanda que seja saldado.
Um tipo especial de GIRI é conhecido como GIMU. GIMU se aplica a aqueles ON de tais magnitudes que, não importa o quanto você faça, você pode apenas dar de volta uma fração do débito. Um exemplo disto seria a obrigação do homem para a sua família ou país.
Quanto ao NINJO, isto é o que o seu coração lhe diz para fazer, e isto pode estar freqüentemente em conflito com o GIRI. É uma medida do homem se quem vencerá serão os seus sentimentos pessoais (NINJO) ou a sua honra (GIRI). A sua alegria não é material. Ou você vive pelo GIRI ou sem ele.

Agora, vamos ver como isto afeta a sua vida no Dojo. Quando você é aceito num Dojo, você imediatamente recebe um ON. Mesmo que você pague a sua parte pelo aluguel do Dojo, isto de forma alguma cancela o fato de que o Sensei lhe aceitou como aluno e, portanto depositou uma obrigação em você. O On é pago ao ser um BOM ALUNO. Coisas tais como mostrar respeito aos mais antigos, treinar com persistência, prestar atenção à aula, estar presente ao Dojo regularmente, tudo isto contribui em liquidar o ON original
Se você prosseguir ao ponto de aceitar o Sensei como seu mestre (e por sua vez aceito como discípulo) a questão se torna mais séria. Se você considerar o GIMU em vez do GIRI é uma questão pessoal. A compreensão de que uma pessoa que altera permanentemente a sua vida e a maneira de seu pensar leva as coisas além do simples GIRI, mas, isto é uma observação pessoal. Lembre-se que ninguém pode te forçar a aceitar GIRI e que se você aceitar, nunca deverá permitir que suas vontades pessoais interfiram.
No principio do seu treinamento todo o GIRI é para cima. Entretanto cada promoção lhe põe uma nova carga do ON, tanto para cima como para baixo. O seu instrutor lhe promoveu de onde você estava assim aumentando as suas obrigações para com ele. O novo grau também aumentou as suas responsabilidades para com os mais novos e para com o Dojo em si. Como sempre, com o grau e a autoridade vem à responsabilidade e a obrigação.
GIRI NÃO É DIVERTIMENTO! Quase todos os alunos novos que entram para um Dojo perguntam sobre “treinamento espiritual”. O conceito de GIRI é uma parte do processo espiritual, uma parte importante. Se você pede para estudar O CAMINHO (DO), não se queixe se ele machucar. Você não faz uma espada acariciando um pedaço de ferro…
Oss!






********************************************************************************************************************





Shin-Gi-Tai [心技体]

Era comum nos Dojô [道場] antigos de artes marciais japonesas haver um quadro na parede onde se podiam ler três caracteres: Shin [心], Gi [技] e Tai [体]. Estes três caracteres representavam as antigas diretivas mestras, ou seja, as características mais importantes que todos os Budokas [武道家] (artistas marciais) deveriam esforçar-se em aperfeiçoar:
• Shin [心] (Kokoro) - Espírito, alma.
• Gi [技] (Waza) - Técnica(s).
• Tai [体] (Karada) - Condicionamento físico, manutenção física do corpo.
O Shin-gi-tai aplica-se, assim, ao desenvolvimento do Budoka:
Shin = formação de caráter, domínio do corpo e da mente, filosofia;
Gi = técnicas, estratégia, formas de treino e conceitos;
Tai = conhecimento interior do corpo, preparação física.









*************************************************************************













































































































Fonte: Espocras Karate

Nenhum comentário:

Postar um comentário